Busco nas partes mais distantes
Às minhas frias extremidades
Que é o que ainda resta meu
De mim
Para to dar
Busco na interminável, lenta
E desesperante caravana de carros
O final da espera.
Prolongo-me verticalmente
Para chegar à exosfera
E alheia à força gravitacional
Ionizar-me e mesclar-me
Como pó cósmico asideral.
Quero ser plasmática, ligeira
Magnetizada e sincera.
Quero ver desde cima
O final da espera.
Quero ser pó ligeiro e ardente
Proveniente da tórrida termosfera
Que cubra e quente
As tuas frias extremidades
Que busque e descubra
Como te dar, o que já não é mais meu,
De mim.
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